Recursos para ensinar filosofia
Questões sobre Thomas de Aquino
Faça login ou crie uma conta para exportar questões
O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por
-
flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.Esta alternativa está incorreta. A flexibilização da interpretação dos textos sagrados implicaria em oferecer novas interpretações ou alternativas para as escrituras. No entanto, o texto apresentado discute o uso de argumentação lógica para provar a existência de Deus, não uma alteração ou flexibilização de interpretações já existentes dos textos sagrados.
-
reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.Esta alternativa está incorreta. "Reiterar a ortodoxia religiosa" seria afirmar ou reforçar a crença tradicional sem o uso de argumentos racionais. No entanto, o argumento de Tomás de Aquino é uma tentativa de provar racionalmente a existência de Deus, não uma simples reafirmação da ortodoxia contra heréticos. Ele se utiliza de uma abordagem filosófica para sustentar suas proposições, não se limitando a combater heresias ou a reafirmar tradições religiosas.
-
justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.Esta alternativa está incorreta. A palavra "pragmaticamente" sugere que a defesa da existência de Deus se daria por razões práticas e utilitárias, o que não é o caso no argumento de Tomás de Aquino, que está embasado na racionalidade e na lógica. Além disso, o trecho fala sobre um argumento lógico e não sobre uma crença livre de dogmas. Tomás de Aquino busca uma justificativa racional para a existência de Deus, não uma justificativa pragmática ou que desconsidere dogmas.
-
sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.Esta alternativa está correta. Tomás de Aquino está, de fato, tentando sustentar racionalmente uma doutrina que é tradicionalmente baseada na fé. O argumento apresentado baseia-se na lógica e na razão para provar a existência de Deus, o que alicerça a doutrina na razão além da fé. Sua abordagem teórica busca dar um suporte racional a uma crença que, normalmente, depende de um sentido mais religioso e de confiança espiritual.
-
explicar as virtudes teológicas pela demonstração.Esta alternativa está incorreta. O texto não está explicando as virtudes teológicas, mas sim apresentando um argumento lógico a favor da existência de Deus. Tomás de Aquino não está focado em virtudes específicas como fé, esperança e caridade, que são as virtudes teológicas clássicas. O foco do texto está na tentativa de uma demonstração racional da existência divina, não na explicação das virtudes.
No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o
-
conceito de bem comum de Aristóteles.Esta alternativa está correta. Tomás de Aquino retoma e desenvolve ideias de Aristóteles, especialmente seu conceito de que a política e a ética devem buscar o bem comum. Aquino adaptou Aristóteles para o contexto cristão, argumentando que a lei deve servir à comunidade de acordo com a razão, um reflexo direto do pensamento aristotélico sobre a justa organização social e o bem comum.
-
conformismo estoico de Sêneca.Esta alternativa está incorreta. O estoicismo, como defendido por Sêneca, enfatiza a aceitabilidade e a conformidade com o destino, focando mais na vida individual do sábio. Tomás de Aquino, por outro lado, está discutindo a natureza pública e racional da lei e sua relação com a comunidade, o que vai além do conformismo individual dos estoicos.
-
ensinamento místico de Pitágoras.Esta alternativa está incorreta. Pitágoras era um filósofo grego cujos ensinamentos místicos estavam mais relacionados a aspectos como a harmonia matemática e a transmigração das almas, sem uma conexão direta com as ideias políticas de Tomás de Aquino. Este último se concentrava em como a lei reflete a razão e o bem comum, o que não se alinha com o foco místico pitagórico.
-
pensamento idealista de Platão.Esta alternativa também está incorreta. Embora Platão tenha uma visão filosófica detalhada sobre a política e a sociedade, seu foco estava mais nas ideias das Formas e na sociedade ideal liderada por filósofos-reis. A abordagem de Tomás de Aquino, que associa a lei à razão e ao bem comum, alinha-se mais com o empirismo e a ética prática, o que não é o foco central do idealismo platônico.
-
paradigma de vida feliz de Agostinho.Esta alternativa está incorreta. Agostinho de Hipona, outro filósofo cristão, focou muito na vida interior e na relação com Deus como caminho para a felicidade. Embora Agostinho também tenha discutido política e sociedade, seu paradigma de vida feliz está mais ligado à cidade de Deus do que à ideia de uma lei racional voltada para o bem comum como em Tomás de Aquino.
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de
-
reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.Essa alternativa está incorreta. Embora Tomás de Aquino valorize a tradição intelectual helenística, o texto em questão não está tratando da reforma da religião através de um retorno a essas tradições. O foco está na unidade e na direção da sociedade para um fim comum através de uma liderança forte.
-
refrear os movimentos religiosos contestatórios.Essa alternativa está incorreta. Tomás de Aquino não fala especificamente sobre controlar ou refrear movimentos religiosos contestatórios no texto fornecido. O foco está mais sobre a necessidade de um dirigente para conduzir a sociedade rumo a um fim comum e bem direcionado, não necessariamente em reprimir movimentos religiosos.
-
promover a atuação da sociedade civil na vida política.Essa alternativa está incorreta. O texto não menciona a promoção da atuação da sociedade civil na política. Tomás de Aquino está discutindo a necessidade de um dirigente, ou líder, para guiar a sociedade ao seu propósito final, mas não faz menção a intensificar a participação política individual ou coletiva da sociedade civil.
-
unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.Essa é a alternativa correta. No trecho, Tomás de Aquino está argumentando que, assim como um navio precisa de um piloto para atingir seu destino, a sociedade precisa de um líder (no contexto, um monarca) para alcançar o bem comum. Ele fala sobre a importância de uma direção unificada, que pode ser proporcionada por uma autoridade singular, a fim de se atingir esse fim. Isso justifica seu apoio à monarquia como um meio de unir adequadamente a sociedade.
-
dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.Essa alternativa está incorreta. Tomás de Aquino não menciona a separação dos poderes temporal e espiritual no texto. Na verdade, sua filosofia muitas vezes integrava aspectos espirituais e temporais, buscando harmonia entre eles para o benefício da sociedade. O trecho trata da necessidade de um líder para guiar a sociedade, não da dissociação de poder político e espiritual.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica
-
declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.A alternativa está incorreta. Aristóteles não declara a inexistência de Deus. Na verdade, ele desenvolveu o conceito de um 'motor imóvel', que é uma espécie de princípio primeiro que move tudo, e muitos filósofos medievais viam esse conceito como compatível com a ideia de Deus. Assim, o problema com sua filosofia não era a negação de Deus, mas possivelmente como ele usava a razão e a observação, que poderiam desafiar interpretações teológicas.
-
contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.A alternativa está incorreta. Embora a filosofia de Aristóteles trate de várias áreas, incluindo a política, não há uma contribuição sua direta ao desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos. Seu foco estava mais em compreender e explicar o mundo natural, e a suspeita da Igreja estava mais ligada às suas implicações filosóficas e científicas do que a uma teoria política antirreligiosa.
-
valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.Esta alternativa está correta. Aristóteles é conhecido por ter uma abordagem filosófica que valoriza a investigação científica e a compreensão do mundo natural através da observação e da lógica. Esta valorização entra em conflito com certos dogmas religiosos que, na época, eram aceitos sem questionamento. O temor era que a filosofia aristotélica pudesse estimular questionamentos que colocariam em risco algumas doutrinas religiosas.
-
evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.Esta alternativa está incorreta. A obra de Aristóteles não é conhecida por evocar pensamentos de religiões orientais. Na verdade, Aristóteles se concentrava em sua própria filosofia, que se baseia em racionalidade e observação. A suspeita da Igreja não estava relacionada a influências orientais, mas sim à sua forma de lidar com a ciência e a razão, o que poderia entrar em choque com alguns dogmas religiosos da época.
-
criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas.Esta alternativa está incorreta. A obra de Aristóteles não faz críticas diretas à Igreja Católica, até porque ele viveu na Grécia Antiga, muito antes do estabelecimento da Igreja Católica como instituição. Seus escritos, portanto, não poderiam instigar a criação de outras instituições religiosas diretamente. O problema estava mais na forma como suas ideias poderiam ser utilizadas para questionar o entendimento religioso tradicional da época.
Santo Tomás de Aquino (1225-1274) foi teólogo, filósofo e um dos mestres da Escolástica medieval. No excerto, ele sustenta que a inteligência humana, apesar de sua fragilidade, pode levar à comprovação da existência de Deus, considerando que é possível
-
ter certeza que a razão humana pode se tornar infalível, caso o fiel esteja isento da poluição do pecado.Esta alternativa está incorreta. Santo Tomás não sugere que a razão humana pode ser infalível. Pelo contrário, ele reconhece a fragilidade e limitações da inteligência humana, e não existe menção à ideia de isenção da poluição do pecado como condição para infalibilidade da razão. A aproximação de Deus se daria através da dedução a partir do mundo sensível, não pela perfeição da razão em si.
-
proceder do efeito para a causa e conhecer a causa do mundo sensível, que é Deus, nas relações que ela estabelece com as suas criações.Esta é a alternativa correta. Santo Tomás de Aquino argumenta que podemos proceder do efeito para a causa: observando o mundo sensível (efeito), nossa inteligência é conduzida a uma certa compreensão de Deus (causa). Isso se encaixa na ideia presente no texto de que, embora não possamos compreender inteiramente a substância divina, somos capazes de inferir a existência de Deus através das suas criações.
-
deslocar-se do conhecimento da causa que produziu o mundo e tudo que existe para os objetos sensíveis.Essa alternativa está incorreta. O texto de Santo Tomás de Aquino fala sobre como nós podemos conhecer Deus ao partir do mundo sensível para deduzir a existência de algo que o transcende, e não o contrário. Ele sugere que partimos dos efeitos (o mundo sensível) para concluir a existência da causa (Deus), não o inverso.
-
sentir a existência divina nos momentos de paz e de alegria interior, em meio às contrariedades da vida e às turbulências do mundo.Esta alternativa está incorreta. Santo Tomás de Aquino não menciona sentimentos de paz e alegria interior como meios para conhecer a existência divina. Na verdade, ele fala sobre o uso da razão para chegar a um certo conhecimento de Deus a partir dos objetos sensíveis. A ênfase aqui está no uso da inteligência e do raciocínio dedutivo, não nas emoções ou experiências subjetivas.
-
concluir que, dado o caráter falível da razão humana, as verdades substanciais encontram-se nos decretos dos governos monárquicos.Esta alternativa está incorreta. Não há nada no texto de Santo Tomás que sugira que as verdades substanciais estão nos decretos dos governos monárquicos. Essa afirmação não está relacionada com a ideia de que podemos conhecer a existência de Deus através do raciocínio baseado nos objetos sensíveis. Santo Tomás, na verdade, está tratando de uma relação entre causa e efeito no âmbito filosófico e teológico, não político.
Conteúdo exclusivo para usuário
Esse conteúdo é exclusivo para usuários cadastrados. Crie uma conta ou faça login abaixo para ter acesso a ele.